GESTAÇÃO DE RISCO / DOENÇAS - PATOLOGIAS (Parte 2)

Continuação...


Alterações da duração da gravidez

-INCOMPETÊNCIA ISTMOCERVICAL
Caracteriza-se pela dilatação cervical indolor no segundo trimestre ou no início do terceiro trimestre, com prolapso e abaulamento das membranas da vagina, seguido de ruptura das membranas e expulsão de feto imaturo.
Diagnóstico: a ultrassonografia, em especial a transvaginal, é um adjuvante útil para o diagnóstico de encurtamento e afunilamento do orifício interno e detecção precoce de incompetência cervical.
Tratamento: é cirúrgico e consiste no reforço de cervice por meio de algum tipo de sutura em bolsa, como: cerclagem de emergência.



-TRABALHO DE PARTO PREMATURO

Trabalho de Parto Prematuro (TPP) é deinido como aquele iniciado antes da 37ª semana de gestação, excluindo os abortamentos (que ocorrem antes da 20ª semana de gestação).
Sua maior importância se deve ao fato da prematuridade ser responsável por 70% da mortalidade neonatal e, aproximadamente, 50% de alterações neurológicas a longo prazo nos recém-nascidos acometidos.

FATORES DE RISCO

Os dois principais fatores de risco para o TPP idiopático são TPP prévio e baixo nível sócio-econômico da paciente, já que esse está relacionado diretamente com outros fatores.

CAUSAS DE TRABALHO DE PARTO PREMATURO 

 Frequência Trabalho de Parto Espontâneo Prévio
Gestação Múltipla
Rotura Prematura de Membranas Ovulares
Distúrbios Hipertensivos da Gestação
Restrição do Crescimento Intra-uterino
Hemorragias pré-parto
Malformações uterinas

PREVENÇÃO DO TPP

Cerclagem uterina
Tratamento de infecção cervicovaginal
Progesterona

DIAGNÓSTICO DO TPP

Atividade uterina regular com contrações em intervalos de 5 a 8 min, e duração mínima de 20s, mantendo esse padrão por no mínimo 30 min;
Alteração progressiva da cervice uterina com dilatação de 2 cm ou mais, apagamento cervical de 80%.

TRATAMENTO

Internação hospitalar;
Hidratação/sedação;
Medicações (corticoide, antibioticoprofilaxia).




-GESTAÇÃO PROLONGADA
Termo utilizado para identificar gestações que excedem a duração normal. A definição padrão internacionalmente recomendada para gestação prolongada é de 42 semanas completas ou mais, a partir do primeiro dia do último período menstrual.
A principal razão do aumento no risco de fetos pós-termo é o sofrimento fetal intra parto, devido à compressão do cordão associada ao oligoidramnio. 

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Alterações do volume de líquido amniótico

-OLIGODRÂMNIO
Normalmente, o volume de líquido amniótico aumenta até 1 litro até as 36 semanas e depois diminui para apenas 100 a 200 mL ou menos no período pós-termo. Em raras situações o volume de líquido amniótico chega a cair muito abaixo dos limites normais e, ocasionalmente, fica reduzido a poucos mililitros. A redução do volume de líquido é denominada oligoidrâmnio e é ultrassonograficamente definida como índice de líquido amniótico (ILA).
Em geral, o oligodrâmnio que se desenvolve no início da gestação é menos comum e, com frequência, tem um mau prognóstico. Por outro lado, a redução de líquido pode ser encontrada com relativa frequência em gestações que continuam após o termo. O risco de compressão do cordão e, por sua vez, de sofrimento fetal, aumenta com a redução no volume de líquido amniótico durante o trabalho de parto, em especial em gestações pós-termo. 

-POLIDRÂMNIO
Arbitrariamente, volumes de líquido amniótico superiores a 2.000 mL são considerados excessivos e se denominam polidrâmnio. Está frequentemente associado a malformações fetais, especialmente do Sistema Nervoso Central ou do trato gastrintestinal.

-ÊMESE / HIPERÊMESE GRAVÍDICA

-GESTAÇÃO MÚLTIPLA
As crianças gemelares têm menor probabilidade de sobreviver e maior chance de apresentar alguma deficiência ao longo da vida como consequência de parto pré-termo. As gestações gemelares têm risco aumentado de várias complicações maternas e fetais, incluindo nascimento pré-termo, desenvolvimento de hipertensão gestacional, crescimento discordante, aborto espontâneo, gêmeos unidos, etc. 

-ISOIMUNIZAÇÃO MATERNO-FETAL

-RUPTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS OVULARES
É o termo utilizado para denominar o rompimento espontâneo das membranas fetais antes do início do trabalho de parto. Os fatores de risco conhecidos para ruptura de membranas pré-termo incluem parto pré-termo anterior, infecções ocultas no líquido amniótico, gestação múltipla e descolamento da placenta. Em geral, as mulheres com gestações complicadas por ruptura de membranas pré-termo são hospitalizadas. 

-DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA NORMALMENTE INSERIDA

-RETENÇÃO DE PLACENTA

PLACENTA PRÉVIA

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-INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS


·         Infecções:
-Urinária
-Toxoplasmose
-Malária
-Hanseníase
-Rubéola
-Citomegalia
-Doenças sexualmente transmissíveis: sífilis, hepatites B e C, infecção pelo HIV, infecção pelo papilomavírus, herpes simples vírus, vaginose bacteriana.
·         Hipertensão arterial crônica
·         Anemias
·         Endocrinopatias:
-Diabetes melito
-Tireoidopatias
·         Cardiopatias
·         Pneumopatias:
-Asma
-Pneumonia
-Tuberculose
·         Lúpus eritematoso sistêmico
·         Tromboembolismo
·         Epilepsia

O atendimento pré-natal proporcionou a diminuição de índices de morbidade e mortalidade materno-fetais a partir do momento em que estudiosos e especialistas começaram a entender a fisiologia da gestação, os mecanismos fisiopatológicos e etiopatogênicos, bem como investigar os antecedentes pessoais e familiares e os indicadores de risco que pudessem ser identificados para prevenir as repercussões desfavoráveis para a evolução da gestação.
Para ser efetivo, o serviço deve propiciar assistência eficaz às gestantes, como um fluxo harmônico da grávida pelo sistema.




Referências:
http://ebserh.gov.br/documents/214336/1109086/Cap%C3%ADtulo-29-Trabalho-de-Parto-Prematuro.pdf/8c89ccb9-4f31-4c35-a8d0-24dbfdad1081

LEVENO KJ et.al. Manual de Obstetrícia de Williams: Complicações na gestação. 23ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

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