CONSULTA DE PUERICULTURA


"A puericultura tem como objetivo principal, acolher todas as crianças, promovendo e protegendo através de uma atenção integral, compreendendo a criança como um ser em desenvolvimento com suas particularidades.
Ela demanda um acompanhamento periódico e sistemático das crianças para avaliação de seu crescimento e desenvolvimento, atualização do esquema vacinal, orientações aos pais sobre a prevenção de acidentes, aleitamento materno, higiene individual e ambiental, assim como pela identificação precoce dos agravos, com vistas à intervenção efetiva e apropriada.
A consulta de puericultura é realizada principalmente por enfermeiros, porém deve ser também de conhecimento de todos os profissionais da equipe de saúde, para que haja um bom entendimento e compreensão por todos os integrantes deste grupo de trabalho desde técnico em enfermagem, enfermeiros, médicos, etc".

Algumas dicas de Puericultura: 
1. Realizar as consultas com a equipe de saúde com foco na criança, a partir da 32ª semana de gestação para esclarecer dúvidas sobre os cuidados com alimentação e sobre desenvolvimento da criança. 
2. A primeira consulta deverá ocorrer na primeira semana de vida (até os 7 dias de vida) para que seja avaliado como está indo o aleitamento materno (através da avaliação da mamada), que deve ter sido orientado desde a maternidade, o ganho de peso, o crescimento, entre outros. Se tudo estiver dentro do esperado, com 1 mês deve-se ter a segunda consulta. 
3. Já na maternidade, as mães devem ser orientadas sobre os “sinais de alerta do bebê”. Isso pode ser feito, na alta hospitalar, de forma verbal e preferencialmente também através de um folder. Caso o bebê apresente alguns destes sinais deverá ser levado imediatamente a um serviço de saúde mais próximo de sua residência. 
Estes sinais são
- Não consegue acordar direito, não chora forte ou está muito sonolento, especialmente se estiver diferente em relação aos outros dias; 
- Dificuldade para respirar, está cansado, especialmente durante as mamadas e /ou gemente; 
- Presença de palidez ou outras alterações da cor das mãos e dos pés; 
- Recusa várias mamadas seguidas ou aceita muito pouco; 
- Vômitos em grande quantidade, especialmente se forem acompanhados de febre ou diarreia; 
- Aumento do número de evacuações ou fezes muito líquidas ou com sangue, especialmente se acompanhadas por vômito, recusa alimentar e/ou febre; 
- Abdome distendido (Barriga estufada); 
- Sem urinar (fralda seca) nas últimas 12 horas; 
- Urina de cor escura e/ou cheiro forte; 
- Piora da icterícia (cor amarelada da pele), atingindo a região abaixo do umbigo ou os braços e as pernas; 
- Vermelhidão ou secreção com mau cheiro no umbigo; 
- Temperatura corporal menos do que 35,5 º C ou maior do que 37,8 º C; 
- Tremores em todo o corpo, convulsão ( ataque) ou parece “desmaiado”

A partir do PRIMEIRO MÊS, a periodicidade deverá ser de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde. O MS recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência (Brasil, 2012).  

É fundamental uma supervisão próxima, tanto para tirar dúvidas, como para orientações e um acompanhamento que garanta um desenvolvimento e crescimento saudáveis da criança. 


Referências:
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/gestor/homepage/programa-de-fortalecimento-da-gestao-da-saude-no-estado-de-sao-paulo/consultas-publicas/manual_de_acompanhamento_da_crianca.pdf

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