GESTAÇÃO DE RISCO / DOENÇAS - PATOLOGIAS (Parte 2)
Continuação...
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Alterações da duração da gravidez
-INCOMPETÊNCIA ISTMOCERVICAL
Caracteriza-se pela dilatação cervical
indolor no segundo trimestre ou no início do terceiro trimestre, com prolapso e
abaulamento das membranas da vagina, seguido de ruptura das membranas e
expulsão de feto imaturo.
Diagnóstico: a ultrassonografia, em
especial a transvaginal, é um adjuvante útil para o diagnóstico de encurtamento
e afunilamento do orifício interno e detecção precoce de incompetência
cervical.
Tratamento: é cirúrgico e consiste no
reforço de cervice por meio de algum tipo de sutura em bolsa, como: cerclagem
de emergência.
-TRABALHO DE PARTO PREMATURO
-GESTAÇÃO PROLONGADA
Termo utilizado para identificar gestações
que excedem a duração normal. A definição padrão internacionalmente recomendada
para gestação prolongada é de 42 semanas completas ou mais, a partir do
primeiro dia do último período menstrual.
A principal razão do aumento no risco de
fetos pós-termo é o sofrimento fetal intra parto, devido à compressão do cordão
associada ao oligoidramnio.
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Alterações do volume de líquido amniótico
-OLIGODRÂMNIO
Normalmente, o volume de líquido amniótico
aumenta até 1 litro até as 36 semanas e depois diminui para apenas 100 a 200 mL
ou menos no período pós-termo. Em raras situações o volume de líquido amniótico
chega a cair muito abaixo dos limites normais e, ocasionalmente, fica reduzido
a poucos mililitros. A redução do volume de líquido é denominada oligoidrâmnio
e é ultrassonograficamente definida como índice de líquido amniótico (ILA).
Em geral, o oligodrâmnio que se desenvolve
no início da gestação é menos comum e, com frequência, tem um mau prognóstico.
Por outro lado, a redução de líquido pode ser encontrada com relativa
frequência em gestações que continuam após o termo. O risco de compressão do
cordão e, por sua vez, de sofrimento fetal, aumenta com a redução no volume de
líquido amniótico durante o trabalho de parto, em especial em gestações
pós-termo.
-POLIDRÂMNIO
Arbitrariamente, volumes de líquido amniótico
superiores a 2.000 mL são considerados excessivos e se denominam polidrâmnio.
Está frequentemente associado a malformações fetais, especialmente do Sistema Nervoso Central ou do
trato gastrintestinal.
-ÊMESE / HIPERÊMESE GRAVÍDICA
-GESTAÇÃO MÚLTIPLA
As
crianças gemelares têm menor probabilidade de sobreviver e maior chance de
apresentar alguma deficiência ao longo da vida como consequência de parto
pré-termo. As gestações gemelares têm risco aumentado de várias complicações
maternas e fetais, incluindo nascimento pré-termo, desenvolvimento de
hipertensão gestacional, crescimento discordante, aborto espontâneo, gêmeos
unidos, etc.
-ISOIMUNIZAÇÃO MATERNO-FETAL
-RUPTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS OVULARES
É o termo utilizado para denominar o
rompimento espontâneo das membranas fetais antes do início do trabalho de
parto. Os fatores de risco conhecidos para ruptura de membranas pré-termo
incluem parto pré-termo anterior, infecções ocultas no líquido amniótico,
gestação múltipla e descolamento da placenta. Em geral, as mulheres com gestações
complicadas por ruptura de membranas pré-termo são hospitalizadas.
-DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA NORMALMENTE INSERIDA
-RETENÇÃO DE PLACENTA
PLACENTA PRÉVIA
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-INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS
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Infecções:
-Urinária
-Toxoplasmose
-Malária
-Hanseníase
-Rubéola
-Citomegalia
-Doenças sexualmente transmissíveis:
sífilis, hepatites B e C, infecção pelo HIV, infecção pelo papilomavírus,
herpes simples vírus, vaginose bacteriana.
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Hipertensão arterial crônica
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Anemias
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Endocrinopatias:
-Diabetes melito
-Tireoidopatias
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Cardiopatias
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Pneumopatias:
-Asma
-Pneumonia
-Tuberculose
·
Lúpus eritematoso sistêmico
·
Tromboembolismo
·
Epilepsia
O atendimento pré-natal proporcionou a
diminuição de índices de morbidade e mortalidade materno-fetais a partir do
momento em que estudiosos e especialistas começaram a entender a fisiologia da
gestação, os mecanismos fisiopatológicos e etiopatogênicos, bem como investigar
os antecedentes pessoais e familiares e os indicadores de risco que pudessem
ser identificados para prevenir as repercussões desfavoráveis para a evolução
da gestação.
Para ser efetivo, o serviço deve propiciar
assistência eficaz às gestantes, como um fluxo harmônico da grávida pelo
sistema.
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